24 de janeiro de 2012

ESTUDANTE DA CIDADE DE JURIPIRANGA-PB PUBLICA MAIS UM ARTIGO SOBRE: Quando Estiverdes no Meio de Crianças, Faça-se uma Delas.

   
Segundo o Dicionário Aurélio o termo psicomotrocidade é definido como a capacidade de determinar e coordenar mentalmente os movimentos corporais, a atividade ou conjunto de funções psicomotoras, ou seja, atividades mentais que coordena movimentos corporais. A Professora Rosângela Pires dos Santos ainda define como a relação ente o pensamento e a ação, envolvendo a emoção. De meu ponto de vista tudo o quanto se envolve emoções é difícil e ao mesmo tempo preciso de ser trabalhado. A mesma ainda afirma que a atividade física é de fundamental importância não somente para o corpo, mas para a mente e a emotividade. O Professor Ricardo C. S. Alves nos diz que este é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. A mesma está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. (S.B.P 1999).
    Iniciei com estas definições a fim de que nós, pais e educadores, possamos entender que as crianças de hoje precisam ser crianças e assim desenvolver de forma sadia sua psicomotrocidade. Mas ao contrário, muitos pais e educadores, têm matado e quando não, aprisionado a infância de nossas crianças. Podemos perceber facilmente quando algumas crianças apresentam sua infância aprisionada. Quer um exemplo disso? Basta apenas você se reduzir a elas, não falo na altura, mas na emoção. Quando você estiver perto de uma criança, seja também uma criança e verás acontecer o que até aqui escrevi. Quer ser um educador ou um pai nota 10? Torne-se uma criança no meio das crianças, a fim de estas sejam elas mesmas, sejam crianças de verdade, que brincam, que riem e falam qualquer coisa sem medo. Adultos, permitam que as crianças sejam crianças no meio de vocês. Permitam que elas usem sua criatividade, que sejam livres pra expressar seus pensamentos, suas perguntas, medos e duvidas... Permitam que elas mesmas descubram o mundo que as rodeiam isso contribuirá e muito para seu desenvolvimento psicomotor.
    Outro ponto que imprescindível é a presenças dos pais e professores nas brincadeiras das crianças, não apenas de longe como um vigia, mas participando ativamente de suas brincadeiras, dividindo risos e descobertas. Isso é muito importante na construção do eu enquanto criança, o qual será reflexo de sua personalidade na fase adulta.
    É triste ver que pais gastam dinheiro comprando computadores, brinquedos eletrônicos... Jogam as crianças na frente de uma televisão ou de um computador, enquanto estão ocupados com outros afazeres. Mas se as mesmas estão quietinhas e entretidas, está tudo bem. Mas não percebem que dessa forma as crianças estão crescendo órfãs de pais e mães vivos.
    Isso sem falar que pra nós adultos, quando quebramos nosso orgulho diante de uma brincadeira de criança sentimos uma sensação incrível. Faça o teste. Para um minuto do seu dia, um minuto da sua aula pra brincar com seu filho ou seu educando. E os dois aprenderão juntos. E o aprender será mais prazeroso e assim mais significativo na vida dessas crianças. São momentos mágicos pra elas. E que ficam gravados para sempre no palco de sua mente. Trabalho indiretamente com um grupo de mais ou menos 100 crianças, com faixa etária entre 07 e 13 anos, onde os educadores das mesmas não conseguiram colocar em pratica esta técnica. Então quando apareço é uma festa que elas fazem. E brincamos juntas. Aprendemos juntas. Gente é muito bom para nossa alma, para nosso espírito, sair um pouco da frente da tela de um computador, daquelas reuniões formais e ir brincar de brincadeira simples como amarelinha, pula corda, pega-pega. Brincar de boneca, onde podemos trabalhar o relacionamento entre mãe e filho. É muito bom correr e eles correrem atrás de você e no final dar-lhe um abraço. Não há dinheiro no mundo que pague tal sentimento tão harmonioso que atende a uma inclinação vital, onde pais e filhos, educandos e educadores crescem juntos. E assim quero terminar dizendo que não tem idade que lhe permita voltar a ser criança, pois tenho um avô com quase 90 anos que se faz criança pra brincar de escolinha com minha prima de 06 anos.

Natália Costa
netchinha@hotmail.com
Juripiranga, 18 de janeiro de 2012

Referências Bibliográficas   

•    Mini Aurélio. 6ª edição revista e atualizada. O dicionário da Língua Portuguesa. Editora Positivo;
•    PSICOMOTRICIDADE, Prof. Ricardo C. S. Alves. RJ, 2007;
•    CoursePack i@ditora.Profª. Rosângela Pires dos Santos.

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